Nós temos direitos que são inalienáveis: o direito à vida, o direito às coisas que sustentam a vida e à liberdade. Portanto, qualquer atitude que você tenha que interfira nesses três direitos, é considerado "crime", "errado" e você paga por isso. Acho que todo mundo concorda com isso. Mas para manter o costume, os exemplos de interferências podem ser:
Homicídio: Lógico, se você mata a outra pessoa, o direito a vida dela já era.
Roubo: O crime de roubo se constitui quando é subtraído algum patrimônio móvel de alguém. Super novidade né? Mas é necessário embasar o texto, mesmo que seja com coisas triviais. Quando você rouba alguém, você interfere no direito da pessoa der ter as coisas que sustentam a vida.
Sequestro: O sequestro se caracteriza quando alguém é privado, ilicitamente, de sua liberdade. Obviamente, isso impede o exercício do direito à liberdade de alguém.
A parte interessante começa a partir de agora: e quanto as coisas que não ferem esses direitos? Para todos os efeitos, vamos considerar que os atos são cometidos por adultos responsáveis e mentalmente saudáveis, por pessoas que tem total consciência de seus atos e escolhem praticar tais coisas.
Então vamos para o que interessa!
A poligamia consiste na união em matrimônio de mais de dois indivíduos, independente do sexo dos envolvidos, então podem ser três mulheres e um homem, como no caso da imagem, poderia ser o contrário, três homens e uma mulher, duas mulheres e um homem, um homem duas mulheres e até mesmo três homens ou três mulheres.
A poligamia já esteve presente fortemente na história da humanidade. Na sociedade ocidental, temos exemplos de poligamia principalmente na Grécia Clássica e no Império Romano, onde não havia nenhuma regra que limitava a quantidade de mulheres que o homem podia ter. É válido mencionar que o papel da mulher naquela época, principalmente na Grécia, era o de servir ao homem e para reprodução.
Além das ocorrências histórias, também há a presença da poligamia em religiões. O Velho Testamento conta a história de Jacó, que teve duas esposas e doze filhos, que viriam a ser as Doze Tribos de Israel. O Islamismo também sempre permitiu a poligamia, visto que Maomé teve dezesseis esposas ao mesmo tempo. A Igreja dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons, já foram a favor da poligamia, que pela crença deles, foi Deus quem inspirou o criador da religião, Joseph Smith Jr., a criar a lei aprovando a poligamia, citando exemplos do Velho Testamento, como Abraão e outros personagens, como o já mencionado Jacó, tinham mais de uma esposa, e na crença mórmon, devido a um mandamento divino. A Igreja dos Santos dos Últimos Dias abandonou a poligamia em 1890, algumas comunidades chamadas de "mórmons fundamentalistas" não abandonaram a prática, eles vivem em comunidades pequenas e isoladas nos Estados Unidos e não são reconhecidos como parte da Igreja principal.
Hoje em dia a poligamia persiste em Estados Islâmicos e na África, principalmente. Na grande maioria do mundo é considerado ilegal.
A união civil de pessoas do mesmo sexo, a união homoafetiva, está em destaque nas mídias. O Brasil acabou de reconhecer a união estável de homossexuais, constituindo família. São onze países no mundo que reconhecem o casamento homossexual, sendo a Argentina (primeiro país latino-americano a reconhecer), o Canadá, África do Sul, Bélgica, Espanha, Holanda, Portugal, Islândia, Noruega, Suécia e agora o Brasil. Nos Estados Unidos, cinco estados aceitam o casamento homoafetivo, são o Massachusetts, Vermont, New Hampshire, Connecticut e o Iowa - além da capital federal, Washington.
O primeiro registro desse tipo de união na sociedade ocidental foi no início do Império Romano. O imperador Nero casou-se com um escravo. No entanto, o casamento mesmo, o matrimônio, não poderia ser constituído por um casal do mesmo sexo, segundo a lei do Império na época, a não ser por arbitrariedades dos imperadores, lógico. Mesmo sem validade jurídica, é consenso dos estudiosos que havia relacionamentos homossexuais na época. No ano 342, os imperadores cristãos Constâncio II e Constante emitiram uma Lei no Código de Teodósio que proibia o casamento homoafetivo em Roma, inclusive condenava a morte quem o fizesse.
A principal oposição ao casamento gay e a união estável de casais homossexuais é feita por motivos religiosos. O judaísmo, o islamismo e o cristianismo vêem o homossexualismo como pecaminosas, "abomináveis" e proíbem. Na Bíblia encontra-se o seguinte:
"Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles"
"Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém! Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario."
Certas drogas, como todos sabem, são proibidas no Brasil. O principal foco das manifestações é na legalização da maconha. Já existem legislação relacionada a regulamentação das drogas em países como Holanda, Canadá, Inglaterra, Argentina, Chile e Portugal. Neste último, inclusive, as coisas aconteceram de forma contrária ao esperado. Quando Portugal regulamentou a posse e uso de drogas, em 2001, boa parte do mundo ocidental apostou que o país se transformaria no "point" dos usuários de drogas na Europa, no entanto, em 2009, segundo informações do Governo português, o consume de drogas já tinha diminuído em 10%.
A maconha é usada para certos tratamentos medicinais, como relaxante muscular, para prevenção de náuseas e vômitos, tratamento de glaucoma e como analgésico. Sem contar, também, que a regulamentação não significa que o sujeito terá o direito de comprar um caminhão de erva.
Um argumento usado para apoiar a legalização das drogas é a possível redução da violência. O argumento que segue: só existe tamanha violência relacionada as drogas por se tratar de uma atividade ilegal, que envolve o mercado negro e bandidos fortemente armados; caso fossem regulamentadas as drogas e elas pudessem ser produzidas e comercializadas como o cigarro e o álcool, haveria uma diminuição das guerras do tráfico.
Já o lado que não apoia a legalização das drogas diz que é "hipocrisia comprar a situação do Brasil com a de outros países, somos diferentes em todos os sentidos e a liberação das drogas fará muito mais famílias aniquiladas". De acordo com a argumentação contrária a legalização, o Estado não tem condições de acolher e tratar os viciados, como o que aconteceu em outros países. Tem-se também o problema de que as drogas que são consideradas legais, como álcool, já trazem muito dano a sociedade e deveria haver uma atitude mais enérgica quanto a contenção desses danos e não a legalização de mais drogas.
O aborto é a interrupção da gravidez pela remoção ou expulsão de um embrião ou feto do útero, causando a interrupção do desenvolvimento do embrião ou feto. Consequentemente, a gestação é interrompida. Pode ocorrer de forma natural ou induzida por medicamentos ou cirurgia.
NOTA - Eu não vou usar a palavra "morte" porque eu não quero entrar na discussão de quando começa a vida.
A prática do aborto, em situações controladas, já é legalizada em quase toda a Europa, com a exceção de Malta, independente do contexto. Nos Estados Unidos, o aborto também é legalizado em todos os estados. O Canadá também não restringe o aborto. Em compensação, a prática é proibida, sob qualquer circunstância, no Chile e em Malta.
Logicamente que o processo só pode ser realizado até uma certa altura da gravidez, geralmente o limite é a décima segunda semana de gestação. Vários países só permitem a mulher abortar em casos específicos, como em caso de estupro ou risco a saúde da mulher. O Brasil, atualmente, permite o aborto de fetos anencéfalos.
Um dos argumentos em favor do direito de escolha da realização do aborto é que a mãe, um ser humano adulto, com direitos, é que merece prioridade de proteção acima de um embrião. Se ela não se sente preparada para ter um filho, ela deveria ter o direito de interromper a gestação, caso ainda esteja no início e o embrião ainda não tenha desenvolvido cérebro. Deixar as mulheres terem o poder de decisão sobre o corpo delas é simplesmente reconhecer os direitos naturais da mulher para que ela tenha filhos quando ela se sentir preparada.
Já um dos argumentos de quem é contra o aborto é que é cientificamente indiscutível um atentado à vida humana, à vida de um ser humano procriado, em gestação e indefeso. Então é uma hipocrisia a expressão "interrupção voluntária da gravidez", pois é a interrupção do processo biológico de um novo ser. O aborto é a condenação à morte um ser indefeso e inocente.
Aí é o seguinte, minha opinião é assim: eu apoio o direito de tudo o que está aí, não necessariamente a prática. Ou seja, enquanto as ações de um terceiro não estiverem interferindo naqueles três direitos básicos descritos lá em cima, eu defendo o direito da pessoa fazer o que ela quiser, assim como penso que ela tem que arcar com todas as consequências sem "mimimi".
Se a mulher quer ter cinco homens e as seis pessoas envolvidas na relação estão em perfeito acordo, meus parabéns e boa sorte. Caso seja um homem com cinco mulheres, mesma coisa. Eu apoio a prática? Não. Eu acho bonito? Não. Faria? Não. Mas eles deveriam ter esse direito.
Se duas pessoas, independente do sexo, se amam e querem se casar, fazer o que? Azar o delas. Eu apoio a prática? Se casem, se quiser. Eu acho bonito? As festas costumam ser legais. Faria? Eu me casaria com alguém que eu amo, não vejo motivo para negar esse direito a outra pessoa só porque ela é gay.
Sujeito quer usar droga. Eu acho engraçado maconha ser ilegal e álcool não, de verdade. Enquanto o cara estiver trabalhando para sustentar o vício dele, eu não tenho problema com isso. Apoio a prática? Não. Eu acho bonito? Não. Faria? Não. No entanto, se o sujeito quer se meter com isso, enquanto for só problema dele, ele deveria ter o direito de se drogar.
E para fechar, a questão do aborto. Existem vários motivos que podem levar a mulher a fazer um aborto, eu acho que seria mais justo ter um depoimento de uma mulher aqui. Apoio a prática? A torto e a direito, não. Eu prefiro que a mulher e o parceiro dela utilizem métodos anticoncepcionais. Na minha visão, é melhor do que a moça realizar um aborto por mês. Eu acho bonito? Não. Faria? Bem, eu não sou mulher. Caso fosse, em caso de gravidez em virtude de estupro, provavelmente, em outros casos eu não consigo opinar, eu penso que é uma questão muito complicada e que só quem passa por isso sabe o que é. Agora eu defendo veementemente o direito da mulher de poder realizar o procedimento de aborto sob quaisquer circunstâncias.
A última imagem é uma alusão clara a Liberdade de Expressão, então utilize seu direito e deixe seu comentário!
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